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Saiba como precificar seus produtos ou serviços e o que não pode faltar no cálculo

O portal do G1 voltado para empreendedores destacou recentemente a importância de saber precificar produtos ou serviços oferecidos aos clientes. A Probo Contabilidade publica aqui no Blog essa dica relevante. Confira:

Atendendo a pedido de leitora, VAE mostra o caminho e alerta empreendedores sobre riscos de definir preços sem critérios.

“Tenho dificuldades em precificar meus produtos”. O relato é da leitora Myleny Rubia Saraiva Ferreira e representa um dilema comum para muitos empreendedores. O VAE foi buscar respostas para a questão, compartilhada na seção “Tenho uma dúvida”, e já começa com uma dica fundamental: tenha tudo muito organizado.

Calcular o preço de produtos e serviços passa por estudo e muitos cálculos. Para facilitar o processo, você precisa ter tudo anotado (como custos e despesas), definir o lucro que deseja e ter uma boa análise do mercado.

Consultamos o analista em capitalização e serviços financeiros do Sebrae, Weniston Abreu, que foi categórico: precificar não é complicado, desde que você não tome a decisão baseado em “chutes”. É preciso estudar, entender e praticar.

“Dependendo da complexidade, o empresário pode até ter um pouco mais de trabalho, mas não é um bicho de sete cabeças se ele tiver a empresa organizada. Tem que fazer contas e organizar as finanças, não tomar decisões por ‘achismos’”, explica.

Ter controle financeiro é essencial. Você não pode simplesmente colocar um produto à venda por R$ 8 porque o concorrente vende a R$ 10, por exemplo, e não conseguir cobrir os custos.

Confira as principais dicas do analista para acertar, formar um preço de venda competitivo e lucrativo, e não criar um problema que pode acarretar prejuízos, dívidas e até decretar o fechamento do seu negócio.

Reúna dados

Para precificar seu produto, é necessário fazer cálculos. Logo, precisa saber todos os custos (gastos para adquirir ou produzir, como matéria-prima e insumos) e despesas (aluguel, energia, gás) envolvidas – fixas e variáveis. Reúna esses dados, sem priorizar um ou outro. Esquecer um deles pode provocar equívocos na hora de definir o preço e comprometer sua margem de lucro.

Conheça o cliente

Além de levantar números, procure conhecer seu cliente. Quanto o consumidor está disposto a pagar pelo seu produto ou serviço? Ele percebe qualidade e valor para pagar mais, por exemplo? Se a resposta for positiva, você pode tentar se posicionar como um produto diferenciado e cobrar um preço mais elevado.

Busque conhecimento

Não caia no erro de calcular na base do “achismo”. Busque conhecimento, pesquise, faça consultorias, monte planilhas e, se necessário, conte com algum software de gestão que possa apoiá-lo no processo.

Faça cálculos

Com todos os dados em mãos, vá para a matemática. Há diferentes fórmulas para se chegar ao preço de venda ideal – e a complexidade também vai depender do tipo de negócio. Calcule também a margem unitária (margem unitária = valor de venda – despesas variáveis – custo variável) . Ela precisa cobrir o custo fixo e gerar o lucro desejado.

Alô, Myleny

A Myleny, que escreveu para o VAE, quer alavancar as vendas de quentinhas. Para o segmento, as recomendações são as mesmas: ter controle de tudo e saber exatamente o valor gasto nos produtos – quanto foi pago no quilo do arroz, por exemplo, e a quantidade necessária para cada marmita.

Se você vende 1 mil quentinhas por mês a R$ 10, tem R$ 10 mil de faturamento. Supondo que o custo de produção seja de R$ 6 por quentinha (o que daria R$ 6 mil), a margem total vai ser de R$ 4 mil. Esse valor precisa ser suficiente para cobrir o custo fixo. Se ele for R$ 3 mil, o lucro terá sido de R$ 1 mil.

Se o seu negócio funciona em casa, o cuidado tem que ser redobrado. Nada de misturar finanças da empresa e da família. Se a casa já tem um custo de energia, você precisa considerar apenas a diferença gerada pela empresa na hora de fazer os cálculos.

O importante é não perder o controle. O analista do Sebrae usa uma frase conhecida para fazer o alerta: “Caixa da empresa não é o bolso do empreendedor”. Se você ainda não tem uma planilha, comece já!

Fonte: VAE – Portal G! para empreendedores