A luta das mulheres por igualdade social e por mais espaço e reconhecimento no mercado de trabalho é antiga. Muita coisa mudou nos últimos anos e já é possível reconhecer avanços e conquistas. Mas ainda há grandes desafios a serem superados.
Para destacar a importância desta luta, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia do Empreendedorismo Feminino. Desde 2014, a data é celebrada no dia 19 de novembro com atividades realizadas em diversos países. A iniciativa tem como objetivo atrair a atenção mundial para o impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino.
Impacto econômico e social
O empreendedorismo feminino tem provocado transformações no mercado de trabalho, trazendo ideias novas e fortalecendo a diversidade. Além desses aspectos, o empoderamento das mulheres traz benefícios para as áreas econômica e social do país.
Estudo divulgado pelo Boston Consulting Group destaca que a inclusão de novas empreendedoras teria um impacto significativo no Produto Interno Bruto (PIB) mundial. A pesquisa destaca que diminuir a diferença de gênero em altos cargos executivos, por exemplo, poderia elevar o PIB entre US$ 2,5 trilhões e US$ 5 trilhões.
Resultados positivos também são percebidos nas questões sociais. O empreendedorismo feminino contribui para que mulheres se sintam mais confiantes e seguras ao obter independência financeira.
Estudo realizado pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) revela que 34% das mulheres ouvidas em sua pesquisa anual sofreram algum tipo de agressão em relações conjugais. O levantamento também indica que, ao empreender, 48% delas conseguiram sair desses relacionamentos abusivos e até violentos. E para 81% desse grupo, empreender significa mais autonomia na vida e, consequentemente, mais independência nas relações conjugais.
Inovação, criatividade e conectividade
A força das mulheres no setor produtivo brasileiro foi percebida durante a pandemia. Houve um aumento expressivo do número de empreendedoras desde o início da crise causada pelo coronavírus.
Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor, o Brasil tem atualmente 30 milhões de mulheres empreendedoras. Os dados indicam que quase metade do mercado empreendedor brasileiro (48,7%) é feminino. Apenas em 2020, houve crescimento de 40% no número de mulheres que começaram a empreender.
As empreendedoras foram mais inovadoras, criativas e se mantiveram mais conectadas durante a pandemia. É o que mostra pesquisa realizada em 2020 pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo analisou pequenos negócios fundados por homens e mulheres.
No levantamento, as empreendedoras demonstraram capacidade de se adaptar mais rapidamente diante das medidas de isolamento social, utilizando mais as vendas online e ofertando mais produtos e serviços que os empreendedores.
O estudo observou que as empreendedoras demonstraram mais agilidade na adoção de estratégias de inovação nos negócios durante a pandemia. Na pesquisa, 11% das entrevistadas afirmaram ter inovado em seus negócios durante a crise, enquanto 7% dos homens declararam ter feito alguma mudança voltada à inovação.
A conectividade foi outro diferencial analisado entre os negócios. Os dados indicam que 71% das mulheres usaram e ainda usam redes sociais, aplicativos e a internet para comercializar seus produtos e serviços, enquanto 63% dos homens usaram e usam essas ferramentas.
Para as mulheres que estão cada vez mais conectadas, a Probo Contabilidade indica o trabalho do Instituto Rede Mulher Empreendedora. A instituição tem como objetivo fomentar o protagonismo feminino no empreendedorismo por meio de diversas atividades realizadas ao longo do ano. Clique aqui e confira.
Helio Pedro da Silva, economista e sócio-fundador da Probo Contabilidade
A Probo Contabilidade é um escritório especializado nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de legalização. Tem sua trajetória de mais de trinta anos de atuação construída por meio de um trabalho focado na excelência dos serviços prestados a seus clientes.