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Pandemia muda processos de seleção e exige profissionais atualizados

Mais de dois anos do primeiro caso de covid-19 no Brasil e ainda é possível visualizar os efeitos da pandemia nos negócios, economia e na forma como as empresas recrutam e selecionam profissionais. A migração dos locais de trabalho, o distanciamento social e as novas adaptações fizeram com que uma parcela de trabalhadores tivesse de ser desligada ou aperfeiçoada para acompanhar um mercado de trabalho mais atualizado e tecnológico.

Para a docente no curso de Gestão de Recursos Humanos da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Leila Aparecida Perez Sanchez, desde março de 2020 as empresas passaram a se organizar com manutenção das atividades digitais e novos métodos de contratação, a fim de suprir novas necessidades. Foi aí que o foco das empresas começou a mudar e ficar totalmente direcionado para competências em tecnologia, utilização dos recursos de informática e desenvolvimento de aplicativos e equipamentos eletrônicos.

A mudança, segundo Leila, valeu tanto para os colaboradores das organizações como para os prestadores de serviços, a exemplo de motoboys e motoristas por aplicativo. “Quanto ao perfil do profissional, além das exigências para o cargo, o diferencial passou a ser as competências de comunicação, que foram mais valorizadas, o trabalhar em equipe, a criatividade, autonomia e capacidade de análise para tomada de decisões”, alerta a docente ao frisar, ainda, que em razão do distanciamento físico as pessoas que possuem competências em conseguir interagir e manter o foco no resultado se destacam.

Contratação

Depois de dois anos de enfrentamento à pandemia, a retomada dos serviços segue gradativa e seletiva, uma vez que as organizações ainda estão em período de reestruturação e entendimento da melhor forma de manter o seu negócio. Algumas vantagens econômicas com relação a espaços físicos e seus respectivos gastos ou benefícios, fazem parte da revisão, segundo explica a professora, assim como a simplificação dos processos de contratação em função do uso da tecnologia.

Neste novo cenário, o recrutamento e a seleção via internet – seja na busca e/ou avaliação dos profissionais que se candidatam – passou a ficar muito mais forte no online, e ser uma ferramenta para o RH (Recursos Humanos) das empresas. “Mesmo com a possibilidade de entrevistas pessoais, essa fase evidencia para o final do processo, que todo o restante pode ser virtual, o que tem chamado muita atenção”, afirma.

Novo perfil profissional

O perfil do profissional também deve ir além de só se aperfeiçoar e se manter atualizado, mas acrescenta características como: um trabalhador flexível e aberto para mudanças, a exemplo do trabalho presencial para o híbrido. Quanto à especialização, continua sendo valorizada a questão do idioma, que segundo a professora, agora passa a ser um “passaporte” para os profissionais ultrapassarem as fronteiras e conseguirem trabalhar em qualquer parte do mundo.

Dentro das universidades, para muito além da formação acadêmica, Leila Aparecida comenta que tem sido incentivado que os estudantes exercitem também sua visão empreendedora dentro e fora das organizações, pois muitas das ocupações atuais não existirão num futuro próximo, enquanto inúmeras já passaram a surgir. “A tecnologia não significa somente conhecer redes sociais, mas interagir com novos meios de se comunicar e gerar conhecimento a partir de tantos dados disponíveis”, aconselha.

Fonte: Portal Repórter Diário