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Como os brasileiros sentiram a economia no 2º trimestre de 2019?

Relatos mostram que as expectativas sobre a atividade da economia ainda geram incertezas, mas estabilidade tranquiliza

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta quinta-feira (29) mostram que a retomada da economia segue em ritmo lento, apesar do resultado melhor que o esperado – no segundo trimestre, o PIB teve alta de 0,4%, segundo os dados do IBGE. Essa recuperação lenta também é sentida por quem vive a chamada “economia real” – pessoas que tocam seus próprios negócios e consumidores.

Empreendedores entrevistados pelo G1 no começo do ano e ao final do primeiro trimestre contam como a situação da economia vem se refletindo em seus negócios. Eles também comentam suas expectativas para os próximos meses e como elas influenciam suas decisões de investir (ou não) em suas empresas.

Para o casal de bailarinos Patrícia Pressutti e André Matos, o compasso lento da economia neste segundo trimestre serviu para manter o movimento estável na escola de dança que eles mantêm. Mas essa manutenção do número de alunos é um dos fatores que faz com que os dois se sintam confiantes de que a melhora está por vir. Os dois chegaram a contratar novos professores e pensam em investir em melhorias na escola nos próximos meses se o reaquecimento esperado se concretizar.

Na casa de repouso dos enfermeiros Guilherme George Souza Silva e Susiene Dias Vitorino da Silva, o movimento também foi de estabilidade, com o número de residentes se sustentando na mesma quantidade. No entanto, a expectativa sobre o cenário em geral da economia ainda gera incertezas e leva ao adiamento de investimentos.

Um dos motivos para isso é que Guilherme nota a dificuldade financeira de algumas famílias em manter um familiar na casa. O enfermeiro relata, por exemplo, o caso de um novo residente que chegou à casa no segundo trimestre, mas “a família por questões econômicas preferiu cuidar em casa”.

Já Luana Crescêncio da Silva e Luis Gustavo da Silva seguem colhendo os resultados dos investimentos que realizaram em seu buffet de festas em domicílio no final de 2018, que aumentou a quantidade de festas que eles conseguem realizar num mesmo dia. Os esforços agora permanecem focados em fidelizar o público de um negócio que surgiu e cresceu na crise.

Por isso, o segundo trimestre foi marcado por investimentos em marketing. “As mães acabam escolhendo esse ramo novo para poder ter uma economia maior comparando com o buffet fixo. Mas a gente espera que o país saia da crise. E o nosso nicho, como vai ficar? Então, a mudança de marca foi para deixar ainda mais, a gente quer que se transforme num novo modelo de festejar”, diz Luana.

Fonte: Portal G1