Além da torcida, existem outros motivos para líderes empresariais assistirem às partidas de Copa do Mundo. Confira:
A cada quatro anos, a Copa do Mundo promove grandes partidas de futebol e momentos marcantes. No entanto, há outros motivos para líderes empresariais assistirem as partidas. Por meio do evento, é possível ter o contato com diversos países e costumes.
Segundo o site INC., uma pesquisa recente da escola de negócios europeia INSEAD mostrou que alguns treinadores podem ensinar fundamentos importantes de como liderar equipes para o sucesso.
Para obter o máximo de talento de um atleta, os treinadores bem-sucedidos adaptam sua abordagem e entendem as diferenças culturais presentes na equipe. Uma situação que vale também para empresários e seus funcionários.
A experiência internacional é um diferencial
A série de estudos analisou a experiência de diferentes gestores, mas foi com os dados sobre o desempenho de treinadores da Premier League, campeonato inglês de futebol, que os pesquisadores descobriram uma relação entre experiência internacional e rendimento.
Na análise, quanto mais experiência internacional um técnico tinha, mais pontos seu time acumulava ao longo da temporada. “Para cada país estrangeiro adicional em que um técnico trabalhou, a equipe marcou 3,42 pontos a mais”, relata o INSEAD Knowledge.
Com isso, foi descoberto que essa vantagem não era só válida apenas para treinadores: outros experimentos analisaram efeitos similares com gestores de várias áreas. Em cada caso, os pesquisadores observaram a mesma coisa, quanto mais experiência um líder tinha morando e trabalhando em outros países, mais eficazes eles eram, segundo avaliações dos próprios colegas e subordinados diretos.
Por que viajar para o exterior faz de você um líder melhor
Para explicar os motivos de como uma imersão em novas culturas pode ser benéfica, o INSEAD citou o lendário ex-treinador do Arsenal, Arsène Wenger, e suas experiências trabalhando na Inglaterra, França e Japão.
Na ocasião, Wenger teve que se adaptar às diferenças regionais e de costumes. “Ser pontual não é o mesmo para um japonês como é para um francês. Quando um francês chega cinco minutos atrasado, ele ainda pensa que está no horário. No Japão, quando faltam cinco minutos para o horário marcado, ele pensa que é tarde demais”, diz o treinador.
Pode até ser um detalhe pequeno, mas a capacidade de entender e se adaptar a contextos culturais resulta em enormes vantagens para vida profissional. Segundo a professora do INSEAD, Linda Brimm, morar e viajar para o exterior ajuda a desenvolver flexibilidade, criatividade, empatia, autoconhecimento e agilidade.
“Líderes com diversas experiências multiculturais têm maior probabilidade de falar, se comportar, usar linguagens e gestos mais apropriados para diferentes situações específicas. Eles também tendem a estar mais atentos às diferenças culturais”, conclui o INSEAD Knowledge.
Longos anos no exterior não são necessários
Caso você queira ser um bom líder, é interessante aproveitar todas as oportunidades de viajar e conhecer novos lugares. No entanto, não é preciso viver longos anos em locais estrangeiros para melhorar suas habilidades de liderança.
“Os estudos mostraram consistentemente que a amplitude das experiências multiculturais [o número de países estrangeiros em que alguém viveu ou trabalhou], mas não a profundidade [a duração do tempo gasto no exterior], aumenta a eficácia da liderança”, afirma o INSEAD Knowledge.
Fonte: Portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios